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Porque não podia deter-me pela Morte (479)

Porque não podia deter-me pela Morte - Gentilmente ela deteve-se por mim - A Carruagem esperava-nos a Nós - E a Imortalidade.   Viajámos lentamente - não tinha pressa E eu tinha guardado o meu trabalho e lazer, Pela Sua Civilidade -   Passámos pela escola, onde as Crianças lutavam No Recreio - no Ringue - Passámos pelos Campos de Grão de Olhar Fixo - Passámos pelo Sol Poente -  Ou melhor - passou por Nós - As notícias desenhou tremendo e o Frio - Apenas como Teia de Aranha, o meu vestido - O meu Xaile - de Tule somente -   Parámos diante de uma Casa que parecia Uma tumescência do Chão - O Telhado quase não era visível - A Cornija - no Chão -  Desde então - estes Séculos - ainda Parecem mais breves que o Dia  Imaginei as Cabeças dos Cavalos Apontadas rumo à Eternidade - The Complete Poems of Emily Dickinson, 1960. Versão Portuguesa © Luísa Vinuesa