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Senti um funeral no meu Cérebro (280)

Senti um funeral no meu Cérebro, E Enlutados de um lado para o outro Continuavam a pisar - pisar - até que parecia Que um Sentido irrompia até ao fim - E quando todos se sentaram, Um Serviço, como um Tambor - Continuou a rufar - rufar - até que pensei A minha mente está a ficar dormente -  E depois ouvi-os erguer um Caixão Que range através da minha alma, De novo as mesmas Botas de Chumbo, Então o Espaço - começou a tocar a finados,  Como se todos os Céus fossem um Sino, Não Sendo senão um Ouvido, E eu, e o Silêncio, alguma Raça estranha Destruída, solitária, aqui -   Então uma Tábua na Razão quebrou-se, E mergulhei, mergulhei para o fundo - Chocando com um Mundo, a cada mergulho, E assim Acabada soube estar - então - The Complete Poems of Emily Dickinson, 1960. Versão Portuguesa © Luísa Vinuesa