Um Pássaro desceu o Caminho (328)
Um Pássaro desceu o Caminho - Não sabia que o vi - Desfez uma Lagarta ao meio E comeu a companheira, crua E depois bebeu o Orvalho Da Relva de um convento - E saltou de lado para o Muro Deixando passar um Besouro - Olhou com os olhos rápidos Apressadamente em volta - Pareciam Missangas assustadas, pensei - Agitando a sua Cabeça Aveludada Como alguém em perigo, Cauteloso, Ofereci-lhe uma Migalha E desenrolou as suas penas Que remaram mais suaves para casa - Do que os Remos que dividem o Oceano, Demasiado prateado para a sutura - Ou Borboletas, longe das Margens do Meio-dia Que mergulham em charcos quando nadam. The Complete Poems of Emily Dickinson, 1960. Versão Portuguesa © Luísa Vinuesa