Um Pássaro desceu o Caminho (328)
Um Pássaro desceu o Caminho -
Não sabia que o vi -
Desfez uma Lagarta ao meio
E comeu a companheira, crua
E depois bebeu o Orvalho
Da Relva de um convento -
E saltou de lado para o Muro
Deixando passar um Besouro -
Olhou com os olhos rápidos
Apressadamente em volta -
Pareciam Missangas assustadas, pensei -
Agitando a sua Cabeça Aveludada
Como alguém em perigo, Cauteloso,
Ofereci-lhe uma Migalha
E desenrolou as suas penas
Que remaram mais suaves para casa -
Do que os Remos que dividem o Oceano,
Demasiado prateado para a sutura -
Ou Borboletas, longe das Margens do Meio-dia
Que mergulham em charcos quando nadam.
The Complete Poems of Emily Dickinson, Thomas H. Johnson, 1960.
Versão Portuguesa © Luísa Vinuesa
Versão Portuguesa © Luísa Vinuesa