A minha vida resistiu - uma Arma Carregada (754)

A minha vida resistiu - uma Arma Carregada -
Em Esquinas - até ao dia em que
O Proprietário passou - identificado -
E Me levou consigo. 

Agora vagueamos pelo Mundo dos Homens -
E agora caçamos o Veado Fêmea -
E cada vez que falo por Ele -
As Montanhas directamente respondem - 

E sorrio, que luz cordial
Sobre o brilho do Vale -
É como se um rosto do Vesúvio
Abandonasse inteiro o seu prazer - 

E quando à noite - o nosso Dia acaba -
Guardo a Cabeça do Meu Mestre -
É melhor que o Travesseiro fundo
De Penas de Pato - para partilhar - 

Para Seu inimigo - sou mortal inimigo -
Não há emoção uma segunda vez -
Nela o Olho Amarelo permanece -
Ou um Polegar enfático 

Ainda que eu e não Ele - a longevidade deve ter
Ele deve viver mais - do que eu -
Que somente tenho o poder de matar,
Sem - o poder de morrer -




The Complete Poems of Emily Dickinson, Thomas H. Johnson, 1960.
Versão Portuguesa © Luísa Vinuesa

Outros poemas

A Beleza - não é feita - É (516)

Eu moro na Possibilidade (657)